#Capítulo 20- Janaína

22/04/2018

Dimitri puxou a cadeira para mim, como um cavalheiro. Percebi que ele logo atraíra a atenção de alguns olhares femininos, e uma risadinha interna me veio à mente com um pensamento maldoso: "podem olhar, podem babar, mas é a minha marca que ele carrega no peito". Eu o observo sentar na minha frente e fazer um sinal discreto para o garçom. Meu Deus, como esse homem pode ser tão sexy sem fazer um mísero esforço? Mexo em uma
mecha do cabelo enquanto ele pede por nós. Quando o homem de cabeça raspada pede licença e se vai, eu sorrio.
- Não sabia que você falava francês.
- Passei alguns meses em Paris. - Ele conta me olhando diretamente nos olhos, e sinto seu olhar cobiçoso aquecer meu corpo. O garçom retorna trazendo uma garrafa de espumante e serve nossas taças. - À esta noite! - Ele diz com a voz cheia de promessas, e pensamentos pecaminosos dançam em minha mente.
Bebo a champanhe, levemente adocicada e as bolhas fazem cócegas em meus lábios. Conversamos sobre tudo, música, filmes, família... até sobre nossos animais de estimação e preciso explicar em detalhes porque Thor é o cachorro mais sacana do mundo! Interesseiro que só ele. Conversa vai, conversa vem, e havíamos perdido a noção do tempo. E a terceira garrafa da fina bebida já estava quase no fim. Dimitri se inclinou para mim, e eu me aproximei dele. Tinha um olhar travesso no rosto.
- Você faria uma coisa por mim? - Ele sussurra ao meu ouvido.
"Qualquer coisa...", penso, sentindo a umidade em meu sexo aumentar.
- É só você pedir, Doutor. - Provoco.
- Então, eu quero sua calcinha. - Sua voz paira e eu cruzo as pernas para controlar minha excitação.
Mordo o lábio inferior e respiro deliciando-me com seu perfume, tomando coragem para atender a seu pedido. Dimitri se inclina para trás e  cruza os braços na frente do corpo. Ele sorri, cheio de malicia. Por Deus, onde estou com a cabeça? Percebo que estamos jogando, e talvez seja o álcool orquestrando meu lado libertino, quando dou por mim já estou a caminho do banheiro. Sinto seu olhar queimando sobre meu corpo.
Fecho a porta atrás de mim e respiro fundo soltando o ar pela boca.
Era impressão minha ou a temperatura ali havia subido alguns graus? As três cabines do banheiro estão ocupadas, então resolvi tirar a calcinha ali mesmo.
Escoro-me na pia para não perder o equilíbrio. Pronto! Sorrio para mim mesma ao perceber meu nervosismo refletido no imenso espelho à minha frente. Guardo a lingerie preta no bolso da jaqueta e resolvo tirá-la quando vejo o quanto estou derretendo. Lavo o rosto e confiro meus dentes, para ter certeza que não há nenhum vestígio da salada do jantar. Volto para a mesa com as pernas tremendo e Dimitri está de pé, escorado no bar. Com o indicador ele me chama, para que vá até ele. Me aproximo devagar, o corpo inteiro vibrando em expectativa. Oh, homem, o que você está fazendo comigo? Ele olha rapidamente para o bartender e faz um sinal discreto.
Dimitri caminha a meu encontro e envolve minha cintura e tira a jaqueta de minha mão jogando-a sobre uma banqueta. Uma música ao fundo começa a tocar, provocante e sensual ele me embala e me guia devagar, me conduzindo para a pista de dança vazia. Sinto os olhares sobre nós, acompanhando nossa dança.
- I put a spell on you... 'Cause you're mine... - Ele canta com a voz rouca ao meu ouvido, e me aperta contra seu corpo.
Em uma sincronia erótica, eu me entrego a cada movimento dele.
Dimitri tem uma mão em minha cintura e a outra desce por meu rosto, pelos meus seios e chega até a minha mão, entrelaçando seus dedos nos meus ele me gira para longe de seu corpo e me puxa de volta para si. Nossos corpos se chocam, e arrancamos alguns gritos e aplausos dos que estão ali, mas seu olhar magnético e pecaminoso continua apenas em mim, como se não houvesse mais ninguém nos observando. Sinto suas mãos descerem por minhas costas, deixando um rastro de fogo. Ele aperta minha bunda com força e esfrega sua ereção contra meu corpo no ritmo cadenciado da música e, apesar de nossas roupas, eu consigo sentir todo seu desejo. Péssima hora para estar sem calcinha Janaína! Penso sentindo a umidade prestes a escorrer.
Dimitri me agarra no colo e minhas pernas se enroscam em sua cintura. Minha saia sobe até o meio da coxa e prendo a respiração sentindo o coração prestes a saltar do peito. Ele inclina meu corpo para trás, tendo uma mão firme agarrada em meu quadril e a outra descendo por meu corpo em uma carícia luxuriosa que me faz estremecer. A música termina e ele me desce do colo devagar, meu corpo vibrando de desejo e vergonha. Dimitri coloca a mão no peito e se inclina encenando um agradecimento e eu não posso deixar de sorrir quando o imito.
Palmas e mais palmas, misturadas com assovios e gritos eufóricos nos acompanham quando voltamos para o bar, eu caminho agarrada a ele, já não confio em mim, minhas pernas estão bambas como gelatina. O bartender nos serve duas taças de um espumante, bebemos juntos. Ele deposita a taça sobre o vidro do balcão e faço o mesmo. Dimitri pega minha jaqueta e me puxa pela mão para fora do restaurante.
- Para onde estamos indo? - Pergunto com a voz um pouco lenta.
Ele dá um sorrisinho malicioso e meu corpo inteiro vibra em euforia.
******
No elevador Dimitri aperta o último botão do painel e, assim que as portas se fecham, ele me prensa contra o espelho. Seus lábios vêm ao encontro dos meus com selvageria, e eu apenas me entrego, de corpo e alma pronta para saciar sua fome, seu desejo. Seu beijo tem um sabor doce e estou viciada nele. Sua língua enrosca-se na minha enquanto suas mãos prendem as minhas no alto da cabeça.
- Dimitri... - Gemo quando ele se afasta, pois, meu corpo inteiro grita de frustração, mas ele ri e mordisca meu lábio.
Com o indicador sobre minha boca ele pede para que eu fique em silêncio.
Não gemer, não gritar? Isso vai ser difícil com ele me agarrando dessa maneira. Concordo balançando a cabeça, minha respiração é ofegante e eu tento prendê-la quando as portas metálicas se abrem.
Apenas a luz da noite entra pela enorme sacada. Dimitri me guia pela penumbra do lugar até estarmos em seu quarto e ele tranca a porta rapidamente assim que entro. Seus braços me enlaçam. Seu corpo se esfrega ao meu como se ainda estivéssemos dançando. Meu pai do céu... essa tortura vai me fazer subir pelas paredes!
- Você vai ser boazinha e não vai gritar, promete? - Ele pede com o corpo colado ao meu, e eu gaguejo quando ouço seu pedido.
- Aham.... - Sorrio quando caímos em sua cama. Ele suspira e me olha com cara de quem está prestes a me devorar.
- Não foi muito convincente. - Ele sussurra ao meu ouvido e chupa o lóbulo de minha orelha. Tento conter um gemido que escapa para por meus lábios. É bem mais difícil do que eu pensava. - É, acho que você vai acabar gemendo alto quando eu estiver dentro de você, metendo duro. Acho que vou ter que te amordaçar - Ele conclui, me olhando com desejo.
Obsceno sensual e excitante... "Doutor, você vai acabar me matando! ", penso, mordendo o lábio inferior.
Ele vai até cômoda no canto do quarto e pega uma gravata. Dimitri volta para a cama e monta sobre meu corpo, exibe a peça e a deixa bem ao meu lado. Suas mãos habilidosas concentram-se em livrar-me da blusa. Ele me olha por alguns segundos e deposita beijos sobre meu queixo, meu pescoço e por meus seios que chegam a estar doloridos, tamanha excitação. ... oh céus!
- Shhhh... - Ele gesticula, com olhar travesso.
Ele esfrega o rosto pelo vale entre meus seios, a barba por fazer roçando contra minha pele. Agarro seus cabelos macios e o puxo para meus lábios, quero sentir o doce sabor de seu beijo selvagem. Seu beijo é possessivo e duro, faz meu corpo querer mais e mais.
Enquanto ele me beija, uma de suas mãos afasta minha lingerie e entra por debaixo de meu sutiã. Ele agarra meu seio e eu estrangulo um gemido.
-Vamos ver se você já está molhadinha. - Ele provoca com voz rouca, falando bem baixo.
Com a outra mão ele sobe mais minha saia até que ela esteja na cintura. Seus dedos vagueiam pelo meu sexo, minha virilha, minhas coxas e eu sinto minha excitação escorrer por entre seus dedos, quando ele explora meus lábios.
-'Cause you're mine. - Ele canta baixinho, e leva os dedos úmidos até a boca, provando meu sabor.
Dimitri sorri com malícia e se afasta. Eu o observo livrar-se das roupas e ficar inteiramente nu, seu corpo é puro pecado, musculoso, tatuado e meu. Sua ereção longa e grossa me faz querer sentir seu membro em meus lábios mais uma vez, pulsando, jorrando seu gozo em minha boca.
Ele coloca a camisinha e se aproxima da cama e meu coração bate tão forte no peito que parece prestes a arrebentar minha caixa torácica.
Dimitri puxa minhas pernas para fora da cama e arranca a saia de meu corpo.
Cubro os lábios para conter-me. Meu doutor acaricia seu sexo, sem tirar os olhos de meu corpo e me puxa pelas coxas, deixando minhas pernas escancaradas, completamente aberta para recebê-lo.
Ele posiciona a cabeça de seu membro em minha boceta e provoca, esfregando em meu clitóris inchado até chegar à minha abertura escorregadia.
Minhas mãos agarram-se ao lençol quando ele me penetra devagar, e seu membro me alarga aos poucos, até que esteja inteiro dentro de mim. Suas bolas roçam em meu sexo e é deliciosa a sensação de ser preenchida dessa
maneira. Dimitri apanha a gravata e me amordaça como disse que faria. Com a boca entreaberta eu o observo amarrar a peça, me impedindo de gritar. Eu me aproveito de sua concentração para sentir os músculos de suas costas largas.
- Pronto. - Ele sussurra, apoiando as mãos contra o colchão, prensando seu corpo contra o meu.
Dimitri tira quase tudo e estoca de novo, cada vez que se enterra em mim eu sinto me sinto mais próxima da borda. Meu corpo ondula debaixo do dele, querendo acompanhar o ritmo de suas estocadas. Minhas unhas cravam em sua pele quando sua penetração se torna mais dura e selvagem e, apesar da gravata, eu gemo alto quando gozo em seu membro. Dimitri sorri ao ver que não me contive e começa tudo outra vez.
A sensação de prazer se acumula de novo em meu ponto de prazer, então ele remexe o quadril de uma maneira em que nossos corpos se encaixem com uma "trancadinha" deliciosa.
- Gozou de novo... - ele provoca, aumentando o ritmo da penetração.
Meu corpo inteiro está imerso em um êxtase de prazer. Com uma das mãos eu passo o dedo sobre a pele recém tatuada e Dimitri pega minhas pernas, apoiando meus tornozelos sobre seus ombros. Então, quando me estoca mais uma vez sua penetração é mais profunda e intensa. À medida que ele se movimenta, a cabeceira aveludada da enorme cama bate na parede repetidas vezes, mas ele não interrompe e continua com movimentos mecânicos de uma máquina sexual bem lubrificada.
Dobrada à sua mercê, eu me desmancho quando outro orgasmo irrompe meu corpo suado, ou melhor, nossos corpos. Seu membro vibra e eu sorrio satisfeita quando ele sai de dentro de mim e rola para o meu lado. Eu quase não tenho forças para soltar o laço da gravata que prende meus lábios.
- Quem disse que eu terminei com você? - Sua voz rouca é carregada de desejo. Arqueio as sobrancelhas em completa surpresa, e o coração vibrando no peito. - Esse foi só o início. - Ele promete, com um olhar travesso no rosto.

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