#Capítulo 17- Adônis
19/04/2018
Quinze anos antesAdônis
Detesto chegar mais cedo nessas irritantes reuniões familiares. A janela da sala de estar com a privilegiada vista para o oceano servia-me de distração enquanto esperávamos Dimitri chegar com sua namoradinha, Paola.Na maioria das vezes eu duvidava se ele era um homem de verdade.Exatamente como eu, ele tinha tudo: dinheiro, mulheres caindo a seus pés, inteligência e juventude. Havia uma gama de caminhos e aventuras que ele estava colocando a perder por causa de um belo rabo.Uma loira como Paola era uma tentação. Corpo escultural, cintura fina, seios fartos e firmes. Isso sem falar nos lábios carnudos e rosados, ah...aquela safada sabe fazer um boquete, porém não o suficiente para me colocarna coleira, mas Dimi é tão imbecil que já se acorrentou àquela bocetinha gulosa.Eu a conheci um mês antes dele, em uma das festas da faculdade.Não houve muita conversa, lembro de tê-la visto dançar em cima de uma mesa de sinuca, com um shot de tequila em uma mão e o limão na outra. Me escorei na parede e assisti seu show sensual, dançando ao ritmo de Shakira, oquadril rebolando e quebrando com cada movimento da música. Eu podia ver o suor brilhando em seu corpo à meia luz e decidi partir para cima. Vendo que ela continuava a se exibir para mim, eu me virei de costas para ela e puxei uma das garotas que dançava em um grupo para atiçá-la, eu queria tirar a gostosa do pedestal. A morena que dançava comigo também não era de se jogar fora, mas ela era apenas um meio para que eu alcançasse meu fim, e o fim era enterrar fundo meu pau em cada buraco do corpo daquela loira exibida.-Vaza, Lu. - Ela disse para a garota que esfregava o traseiro contra minha ereção.- Se vocês forem brigar é melhor irmos para um lugar mais íntimo.- Provoco-a.A garota torce a boca contrariada mas obedece à loira gostosa.Quando ela se vai, eu dou um passo à frente e a seguro pela cintura, dançando no ritmo da música.- Você gosta de tequila? - Sussurro ao seu ouvido.Ela balança a cabeça concordando, enquanto suas mãos acariciam minhas costas, raspando as unhas sobre o tecido da camiseta. E logo depois estávamos a sós no terraço. Ela deitada sobre minha camisa, usando um top de renda e uma minúscula saia cor de rosa.- Aprendi essa técnica em uma de minhas viagens. - Explico, deslizado a fatia de limão sobre seus seios.Paola riu gostosamente e continuou atenta a cada movimento meu.Então virei um shot da bebida e lambi seu peito devagar, sorvendo sua pele levemente salgada por causa do suor, com uma pontada de acidez. Paola geme e se contorce debaixo de meu corpo. Meus lábios roçam nos seus eimprimo um pouco mais de pressão, meu sexo provocando o seu.- Dimitri chegou. - A voz da empregada me traz de volta de meus pensamentos. Tomei um gole do whisky amargo servido por meu pai algunsminutos antes. "Bebida de homem, e não os sucos de fresco que você costuma tomar. " A alfinetada dele desceu amarga, assim como a bebida.Paola entrou de mãos dadas com Dimitri, ela usava um vestido cinza escuro que realçava sua pele alva e marcava cada curva de seu belo e sensual corpo. Bebi mais um gole e forcei um sorriso, vendo a maneira como minha mãe a abraçava, quase sem tocar a futura nora. Dimitri cumprimentou nosso pai, e ele lhe sorriu, orgulhoso. Ele não fazia a mínima questão de esconder o seu precioso predileto... o futuro médico que seguiria os passos do pai. Senti meu estômago embrulhar com o excesso de açúcar da nauseante reunião familiar. Nos reunimos na enorme mesa com espaço para doze lugares, porém ocupada por apenas cinco.- Conte-nos mais sobre como está indo na universidade, meu filho.O Doutor Leandro me falou que já é você é destaque na disciplina de Patologia. - Dimitri cortava um pedaço do cordeiro em seu prato e sorriu ao ouvir o elogio.-Ele é o melhor. - Paola solta os talheres e acaricia seu braço, seu olhar brilha quando olha para ele.Meu Deus, que rasgação de seda...- Então, o que era tão importante para o futuro "Doutor Dimitri Assunção" querer reunir a família? - Pergunto. Minha mãe me lança umolhar de reprovação, como se eu tivesse desacatado o queridinho da família.Dimi solta os talheres e pega a mão de Paola, que exibe o anel de diamante e ouro branco.- Ficamos noivos.A safada mal me encara, respiro fundo e faço minha parte do show.- Um brinde à criança que virá. Casar tão rápido assim só pode ser sinal de gravidez. Parabéns Samanta, você será avó.- Não seja desagradável, Adônis. - Meu irmão me repreende com certa rispidez.******Pouco mais tarde quando todos estão reunidos à beira da piscina, sigo Paola até dentro de casa e, antes que ela feche a porta do banheiro, eu entro e tranco com a chave.- Adônis! - Ela xinga em um sussurro. Eu a prendo contra a parede e ergo a mão esquerda - Sai daqui você ficou louco?- É sério isso? Você vai mesmo se casar com ele? - Ela respira ofegante e me lança olhares furiosos.- E porque eu não me casaria? O lance entre a gente era só sexo, não é? Você fez questão de enfatizar isso. Você nunca quis compromisso,lembra?Ela está me substituindo! A vadia está me substituindo!- Eu sei que você deve pensar em mim enquanto ele te fode, com certeza não tão bem quanto eu. - Pressiono minha ereção contra seu baixo ventre e chupo seus dedos devagar.Seus enormes olhos azuis me lançam raios de ódio e desejo. Com a outra mão, subo parte de seu vestido e acaricio seu traseiro arredondado e firme.- Para ficar claro, Dimitri é melhor que você em absolutamente tudo! Ele é inteligente, fiel e carinhoso. Resumindo, ele é tudo o que vocênunca vai ser!Pressiono meu corpo contra o dela com mais firmeza. Mulher ressentida é fogo. Calei sua boca da única maneira que pude, isso é, beijando seus lábios grossos e rosados. Eu senti que ela ainda me queria, por mais quedissesse o contrário, ela queria a aventura, e eu estava disposto a proporcionar isso a ela.******DimitriDias atuais
Abri o chuveiro e deixei a água morna correr, enquanto eu me ajoelhava para tirar o short jeans surrado que ela usava. Jana cobriu o rosto, sentindo vergonha, mas eu puxei suas mãos e as beijei.
- Não quero que se cubra. - Cada vez que eu a tocava ela tremia.
Já nua, ela olhou envergonhada para baixo. Fiquei de pé e segurei-a pelas mãos trêmulas, a conduzindo para baixo da ducha.
- Você não vai entrar? - Perguntou, tímida.
- Se eu entrar com você aí, não me responsabilizo.
- Acho que quero correr o risco. - Ela respondeu, puxando-me para junto dela.
Suas mãos se livraram da minha camisa em segundos. Seus dedos deslizando por minhas tatuagens, seguindo as linhas que formavam meus músculos. Peguei a esponja branca e a ensaboei, olhando para Jana. As marcas de meus beijos e mordidas ainda se faziam presentes em seu corpo.
Devagar, deslizei a esponja deixando seu corpo coberto por uma fina espuma branca e perfumada.
- Adoro cada parte de seu corpo. - Digo, retirando a espuma com as mãos molhadas, acariciando seu mamilo. Puxei-a para mais perto de mim, seu corpo escorregadio e molhado contra o meu.
- Que porra, Jana! Você é tão gostosa. - Minha mão desceu para seu sexo, senti seu clitóris inchado e provoquei seu ponto sensível.
Ela gemeu e se agarrou em meu corpo abrindo minha calça e agarrando minha ereção com as duas mãos. Eu estava duro como pedra e louco para gozar, se ela continuasse me provocando assim não aguentaria muito tempo. Jana se ajoelhou e levou meu membro a boca, senti a cabeça latejando quando seus lábios me envolveram, uma língua habilidosa. Escorei as mãos no vidro do box tentando não gozar.
- Ah... Jana... - Rosnei, sentindo meu pau inteiro latejar.
Ela sugava e lambia ao redor, agarrada, chupando com um desejo louco enquanto tentava acomodar toda extensão do meu pau em sua boquinha gostosa. Minhas mãos seguravam seus cabelos em um rabo de cavalo enquanto eu aumentava o ritmo das estocadas.
- Vou encher essa sua boquinha de porra. - Digo sem vergonha, sentindo meu ritmo cardíaco acelerado.
Chego ao orgasmo em instantes... meu gozo jorra em sua boca e ela o sorve por completo chupando até que não haja mais nenhum rastro em meu membro. Jana tira os lábios devagar e me olha com um sorriso desavergonhado demais para quem está ardendo em febre, eu a puxo para cima de encontro ao meu corpo. Sinto meu membro rígido roçando em seu sexo. Ela me encara com um pequeno sorriso no rosto.
- Gostou, Doutor?
Respondo da única forma que posso, ou que meramente expressa o prazer que ela acabou de me proporcionar. Meu beijo é selvagem e mesmo tendo acabado de gozar em sua boca tenho necessidade de estar dentro dela.
Com uma das mãos agarro seus pulsos e o mantenho no alto da cabeça, com a outra provoco sua boceta encharcada.
- Você é uma maldita provocadora, sabia? - Enterro meu membro em seu sexo e ela grita alto. A água continua jorrando em nossos corpos, deixando-os escorregadios.
- Ah, doutor... - Ela geme gostoso, sinto sua bocetinha se contrair. Sei que ela está quase louca para gozar. Sinto como seu corpo reage
e se entrega a cada estocada. Aumento o ritmo e a mantenho presa entre meu corpo e o vidro.
- Goza para mim Jana, goza no meu pau. - Com a mão livre, acaricio seu traseiro, descendo pela rachadura de sua bunda até chegar em seu cuzinho, eu a penetro com um dedo enquanto mantenho estocadas incansáveis em sua boceta.
Jana geme alto sinto seu corpo relaxar quando ela goza. Deixo suas mãos livres e ela me abraça com força, e ficamos unidos durante poucos minutos. Seu coração socava tão forte no peito que eu podia sentir suas batidas misturando-se com as minhas.
******
Janaína
Tomamos um segundo banho juntos, eu olhava para seu corpo querendo gravar cada detalhe para jamais confundi-lo com o demônio outra vez. Eu não me permitiria cometer esse erro novamente.
- Pronto. - Ele desliga o chuveiro, me enrola na toalha e se envolve uma outra toalha branca na cintura. Minha atenção é voltada para as
minúsculas gotículas de água que escorrem pelos músculos de seu abdômen trabalhado enquanto Dimitri me carrega no colo.
- Nós vamos cair. - Sorrio. - Se você quebrar algum osso por minha causa, sua mãe vai vir aqui comer meu rim.
Ele franze o cenho e finge estar ofendido.
- Acha que eu não sou forte o suficiente? - Ele me aperta contra seu corpo. - Assim você fere minha masculinidade!
Suspiro e reviro os olhos enquanto ele me leva para o quarto.
Homens... Meu Doutor me deita na cama, deixa um beijo suave e morde o meu lábio inferior de leve e, nesse instante, sinto meu corpo todo reagir.
- Eu fui bonzinho com você e não fui tão malvado, porque você está sem energia. Porque senão ... - Ele sorri e seus olhos tem um brilho de divertimento. Ele não termina a frase, mas eu entendo perfeitamente o que ele
quer dizer, porque tenho na memória a tarde que passamos juntos no consultório. - Agora, seja uma garota boazinha e fique aqui, vou preparar alguma coisa para você comer. Não ouse desobedecer minhas recomendações!
Quando Dimitri se vira, meu olhar desce pelas suas costas largas e para em seu bumbum. Confesso que, antes de conhecê-lo, a bunda era a última coisa que eu repararia num homem, mas a do "Meu Doutor" merecia uma boa olhada sempre que havia uma possibilidade. Um sorriso malicioso se formou em meus lábios e quando ele sumiu e saí da cama e fui até o guarda roupa.
Eu ainda não tinha organizado minhas coisas, vasculhei as sacolas até encontrar um conjunto apresentável de calcinha e sutiã e coloquei um vestido folgado, estilo camisetão. Penteei os cabelos e amassei os cachos com
as mãos e fui para a cozinha com os pés descalços. Lá, uma panela fervia no fogão com algo que, de longe, parecia uma sopa branca.
- Hum... isso não está com uma cara muito boa. - Digo, fazendo uma careta.
- É canja. Pelo menos por hoje você vai comer isso e beber muito líquido - Dimitri replicou, secando as mãos num pano de prato.
Ele já estava vestido, o que era uma lástima, porque eu preferia vê-lo apenas de toalha, ou de preferência sem nada. Enquanto a canja fervia ficamos no sofá da sala. Meu coração começou a apertar no peito quando ele acariciava meu pulso com o polegar, em pequenos movimentos circulares. Eu sabia que sentimento era aquele: a culpa. Estava me remoendo por dentro.
- Isso é tão repentino. - Digo com a voz embargada, e continuo olhando para sua mão acariciando a minha.
- Para mim, não é repentino. Aliás, para mim, já passava da hora.
Há anos eu esperava por ter você assim. - Ele diz, puxando meu queixo me fazendo olhá-lo nos olhos.
- Como assim?
- Eu já conheço os seus sorrisos, pelo menos três deles. Há dezoito anos, eu ouvi sua risada alegre e animada no refeitório universitário da
faculdade. Também tem o sorriso tímido que você dá enquanto mexe no cabelo para disfarçar que está com vergonha. Tem também aquela risada nervosa, que você se acaba de tanto rir, como aconteceu no meu consultório,
no dia da entrevista. Viu? Sou quase um perito.
Ah droga! Meus olhos se enchem de lágrimas e sinto que meus pulmões estão sendo esmagados. Enquanto ele fala, o polegar que antes estava em meu pulso agora traça o contorno dos meus lábios.
- Há dezoito anos? - Meu coração bate descompassado no peito, eu já não entendo mais nada. - Como assim?
- Resumidamente, eu era muito tímido. E, quando criei coragem
para falar com você... - Ele pausa - ... foi no dia que você contou ao seu namorado que estava grávida, e eu não consegui me aproximar mais. E sim, dezoito anos depois, você apareceu no meu consultório para a vaga de secretária. Quando te vi, não houve dúvidas: eu estava decidido que não iria perder a segunda chance de ter você.
As lágrimas começaram a escorrer pelo meu rosto. Eu precisava contar.
