#CAPÍTULO 12

18/05/2018

O jantar foi tranquilo, embora de vez em quando Manu nos assustava com um gritinho de euforia do nada.
Ouvimos mais algumas histórias do Josias e da Lourdes e rimos das peripécias que esses dois já aprontaram na vida. Manu tem mesmo a quem puxar.
- Agora é á hora de comer aquela torta que Vicente trouxe. Ele jura que é feita em casa - fala minha maluquinha.
- É sério meu jovem? - pergunta Josias. - Sua mãe quem fez? - Podíamos marcar um dia com seus pais aqui - emenda Lourdes.
Era só o que faltava. Minha mãe nem no Brasil mora. Após o divorcio ela se mudou para Fátima, em Portugal. Eu a vejo apenas duas vezes no ano.
Como sempre tive mais contato com meu pai, decidi ficar com ele aqui em Ijuí. Não posso simplesmente chamar o senhor Júlio Salles para vir jantar com a família de uma funcionária sua. Já consigo imaginar a cara dele quando ver que os pratos são todos diferentes e os copos são daqueles comprados em mercados que contém requeijão.
- Foi uma tia quem fez - minto. - E quanto aos meus pais, somente minha mãe se encontra viva. - Fecho a cara fazendo uma cena dramática.
- Pois traga então a sua mãe. E diga a minha sogrinha que ela será bem vinda aqui em casa.
- Eu falarei sim maluquinha. Marli vai adorar te conhecer.
Caralho, Marli terá que fingir ser a minha mãe. Não posso chamar a chata da Elizabeth Campos para vir conhecer a minha namorada.
- Vi, eu tenho algo para você também - fala se levantando da mesa.
- Mas tem que vir buscar no meu quarto.
Lourdes e Josias olham para nós espantados. Eu sabia que a Manu era maluquinha, mas não ao ponto de transar com os pais dela em casa.
Ela entra no quarto e pede para que eu espere um pouco do lado de fora. Já a imagino vestida somente de calcinha e sutiã pretos, com saltos vermelhos cor de sangue. Os cabelos loiros soltos sobre os seios e o rosto
corado de tesão.
Meu pau já está duro, feito rocha. Preciso foder a bocetinha da Manu ou entrarei em colapso.
Ela grita que eu posso entrar. Nunca fiquei tão nervoso ao ter que abrir a porta de um quarto.
Manu está sentada na cama com a mesma roupa que estava. Tento disfarçar a minha cara de frustração. Isso que dá colocar expectativas numa maluca.- Que cara é essa? - Pergunta.
- Nada não maluquinha, mas cadê meu presente?
Ela coloca as mãos para trás e tira das costas um CD.
Senhor amado, mais um CD com músicas da Manu é para acabar.
- Aqui tem as músicas da minha banda favorita. Todas as músicas parecem que foram feitas para mim. Vi, eu sei que você não gosta muito do meu gosto musical, mas espero que ouça pelo menos algumas músicas desse disco.
- Eu nem sei o que dizer...
- Apenas agradeça e diga que gostou - fala rindo.
- Eu gostei Manu. Vou ouvir pensando em você.
- Guri, sua cara não me engana. O que você achou que fosse?
- Você quer a verdade verdadeira ou a verdade bonitinha?
- A verdadeira sempre - fala me olhando séria.
- Achei que encontraria você de calcinha me esperando em cima da cama.
Ela fica em pé e me olha séria. Não sei se está brava ou perplexa.
- Tu o quê?
- Não precisa ficar chateada, sou homem e você é toda gostosa. Me
desculpa maluquinha - digo indo em sua direção para abraçá-la, mas ela me
para com as mãos sobre meu peito.
- Tu acha mesmo?
- Manu, me desculpe, eu sei que você disse que não era como as demais. Eu não acho que você seja...
Ela coloca o dedo indicados sobre a minha boca me calando.
- Não foi isso o que perguntei guri. Tu me acha mesmo gostosa?
Porra essa menina é foda. Às vezes nem sei o que posso falar, pois ela só presta a atenção no que quer.
- Manu, olha só para você - falo a virando de frente para o espelho.
- Você é linda, gostosa, cheirosa...
Nesse momento já estou com meu rosto enfiado em seu pescoço. Manu se arrepia toda e sei que se continuar ela irá ceder.
- Guri é melhor a gente parar.
- Mas nem começamos...
- Aqui não, Vi - fala manhosa. - E nem hoje.
Custa a gente transar logo? Meu pau já está doendo de ficar duro sem alivio.
- Tudo bem Manu, tudo no seu tempo - digo a contra gosto.
Voltamos para a sala e nada dele amolecer. Desculpe-me maluquinha mais terei que me aliviar.
Peço para ir ao banheiro e digito um SMS para a Alícia. Ela não demora a responder e marcamos de nos ver em uma hora.
Manu está ajudando a Lourdes na cozinha e Josias está assistindo a um programa horroroso de canal aberto.
- Vicente, eu fiz essa marmitinha para tu levar.
- Não precisava, Lourdes.
- Precisava sim. Sei que homem é um desastre na cozinha e como tu mora sozinho comer comidinha caseira de vez em quando faz bem. Aposto que sua despensa deve estar cheia de macarrão instantâneo.
Ah, Lourdes você mal sabe o que como. Marli enfartaria se me visse comendo algo diferente da dieta balanceada que ela me prepara.
- Você está certa. Prometo que te devolvo a marmitinha.
- Não precisa não Vicente. Essas de sorvete eu já guardo porque sei que nunca voltam - diz séria.
- Fico feliz em ganhar então uma vasilha - digo rindo.
Despeço-me dos pais da Manu com um aperto de mãos.
Maluquinha me acompanha até o portão onde me dá um beijo demorado.
- Guri, eu tenho tanto medo disso tudo - dispara.
- Medo?
- Sim. De tudo e da forma como está indo.
- Manu, isso é tudo novo para mim também. Você é a primeira mulher a qual me relaciono sério.
- Jura? Tu parece ser tão experiente no assunto...
- Maluquinha, não me leve a mal tá? Mas eu sou experiente no quesito de relacionamentos casuais. Você é a primeira que me faz querer mais. A única que me fez querer mudar.
- Isso que me assusta.
Dou um beijo em sua testa e a abraço.
É Manu, Bernardo jamais se submeteria a isso, mas esse tonto do Vicente tem se tornado um personagem com vida própria.
- Preciso ir Manu.
- Mas já?
- Hoje tivemos um dia bem exaustivo não acha princesa?
- Posso dizer uma coisa séria?
- Claro que pode, e pelo que te conheço você diria mesmo se eu falasse que não.
Ela como sempre solta a sua sonora gargalhada.
- Por que tu vem de carro? Nós moramos na mesma rua, é coisa de alguns metros e tu sempre vem de carro. Guri, pode ser sincero comigo. Tu tem algum defeito na perna? Tipo, eu não ligo, mas queria saber antes de casarmos para eu não ter surpresas...
Agora quem não consegue conter o riso sou eu. Acabo de ouvir duas atrocidades ao mesmo tempo. Defeito e casamento.
Manu faz bico, como sempre, ao ver que estou rindo dela.
- Tu sempre acaba rindo de mim.
- Maluquinha, eu não estou rindo de você, estou rindo com você. Até um segundo atrás você estava grasnando esqueceu?
- Tu tá me chamando de pata?
- Falei que sua risada é engraçada.
- Tu sempre acha defeitos em mim.
- É serio isso Manu? Estamos tendo nossa primeira discussão?
- Vicente, eu acho melhor tu ir. Como tu falou antes, tivemos um dia bem exaustivo.
Ela vira as costas e sai rebolando involuntariamente aquela bunda perfeitamente redonda.
Entro no carro e vou correndo até meu apartamento.
Nada como tirar as lentes e vestir meu terno bem cortado. Tiro os pelos do rosto e tomo um banho rápido, porém relaxante. Em alguns minutos Alícia estará aqui.
O porteiro interfona dizendo que tem uma moça querendo subir. Meu pau já dá sinais dizendo que ele também está prestes a furar a minha calça.
Abro a porta e tenho a visão do paraíso. Alícia é uma morena de olhos azuis muito atraentes. Está vestida comportadamente com um vestido longo vermelho, porém as costas têm um decote em V que vai até o inicio dos quadris.
- Boa noite. Bê.
- Boa noite, delícia.
Falo já a puxando para dentro e a beijando.
- Estava com tantas saudades, Bê. Você nunca mais me ligou...
Agora não, nem vem com esse papinho de saudades e blá, blá, blá, quero só te comer e já era.
- Alícia, hoje eu quero que você me dê tudo.
Falo a virando de costas para que eu possa tirar seu vestido. A pele clara se arrepia com meu toque. Seguro seus cabelos com uma mão e arranho sua nuca com meus dentes.
- Ai, Bê. Eu já estou ficando molhadinha... - fala manhosa.
- Alícia, tem alguém aqui sentindo saudade da sua boca. - Pego a sua mão e a coloco sobre meu membro.
Ela rapidamente entende o recado e se ajoelha para me fazer um boquete.
A boca da Alícia é mil vezes melhor que sua boceta. Ela sabe realmente como fazer um boquete perfeito. Brinca com as bolas, aperta e morde na medida certa. Coloca ele todo na garganta fazendo com seus olhos fiquem marejados, como eu gosto.
- Quero gozar. Põe a língua para fora - ordeno.
Ela fica de quatro, igual uma cadela e coloca a língua para fora para receber toda a minha porra.
Termino de gozar em sua boquinha e ela como uma cachorra adestrada já sobe na cama.
Soco sem dó em sua bocetinha apertada. Não sei o que essas vadias passam para apertá-las, pois dando do jeito que dão, era para estarem bem alargadas.
Alícia geme e grita meu nome. Isso vai me dando mais tesão ainda.
Coloco-a de quatro e brinco com seu rabinho.
- Quero gozar aqui dentro - falo colocando um dedo em seu buraquinho.
- Ai - fala gemendo. - Você sabe que adoro quando me come por trás.
Pego meu pau e começo a pincelar na sua entrada fechada que em breve estará piscando para mim.
Sem demora entro com tudo. Alícia começa a rebolar e se masturbar.
Adoro mulheres assim. Sem pudor, só sexo e nada mais.
- Bê, eu vou gozar...
- Vai gozar dando o rabinho é? Safada!
Seguro firme em seus quadris e aumento o ritmo.
- Vai Bê, vamos gozar juntos...
- Ahhh, Manu...
Gozo e o suor escorre pelo meu corpo. Deito ao lado de Alícia que está largada ao lado.
A respiração começa a se normalizar quando ela decide quebrar o silêncio.-
Quem é Manu? - pergunta.
- O quê?
- Quem essa é Manu que você chamou enquanto gozava?
- Eu nem falei esse nome Alícia. Tá maluca?
- Olha Bê, se você me dissesse que era um fetiche de usar outros nomes eu até acreditaria, afinal já fizemos de tudo juntos, mas foi diferente.
Algo involuntário.
- Não te devo satisfações, Alícia.
- Eu sei. Só acho que essa Manu não merecia isso.
- Você sequer a conhece... - digo.
- Tá vendo - fala se sentando na cama e olhando para mim. - Existe uma Manu. Olha Bê, eu estarei a sua disposição sempre que me ligar e você sabe disso, pois preciso da grana para terminar meus estudos e manter a vida que levo, mas se você gosta mesmo dessa menina, não é certo ficar transando com outras pessoas, ainda mais sem camisinha como você sempre faz.
- Alícia, eu não tenho doenças e nem as garotas que transo. Manu é só uma mentira em minha vida, nada mais que isso.
- Será Bernardo? Você reparou que tudo na sua vida é mentira? Seu cargo, seus encontros... nada é algo concreto. Você sabe que isso não é bom.
Você precisa construir uma família, ter filhos...
- Não quero filhos e você sabe disso. Não quero ter uma esposa e uma vida monótona.
- Bernardo, você precisa esquecer o passado. Nem todas as mulheres são como a Diana.
- Não fale na Diana, porra! - grito. - Essa conversa acaba aqui, Alícia. Vá tomar um banho que eu peço um táxi para você.
- Bernardo, você não precisa ser assim...
- Já chega! - A interrompo. - Obrigada pela excelente transa Alícia. Pode deixar que se eu precisar de uma psicóloga esperarei você se
formar.- Tudo bem, Bê.
Alícia vai tomar banho e eu fico pensando em tudo o que ela me disse.
Minha vida é mesmo uma farsa e eu não sei diferenciar o que é real do que é
mentira. Eu chamei mesmo o nome da Manu no sexo? Preciso sumir por uns dias para por a cabeça no lugar.
Pego o celular e caço um canto onde eu possa me refugiar. Brasília me parece um bom lugar. Compro a passagem com saída para daqui duas horas.
Preciso disso. Preciso colocar as coisas em ordem. Preciso saber se quero mesmo namorar a Manu ou se foi apenas uma briga interna com o Lúcio.
Arrumo algumas coisas numa mala pequena. Alícia sai do banho e eu entro correndo no chuveiro.
- Vai viajar Bê? - grita ela.
- Vou sumir por dois dias.
- Faz bem - diz. - Quer que eu dê algum recado para essa Manu?
- Invente alguma coisa Alícia. Sei que é boa nisso. Te passo o endereço dela por SMS.
- Eu já estou indo tá? Você tem o número da minha conta né?
- Tenho sim. E, Alícia... - Respiro. - Obrigada.

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